
Esta é a carta que dá início ao exercício de memória e de celebração da vida
Não me lembro quando é que se instalou a cotação do Baleizão lá em casa mas lembro-me muito bem da minha Mãe utilizar o Baleizão sempre que eu queria uma coisa que os meus pais não tinham possibilidade de comprar. Dizia-me assim: Sabes, isso não posso comprar porque custa muitos Baleizões. Às vezes, quando eu insistia, dizia-me a quantidade, 5, 10, 20, ou 30, conforme os casos. O Baleizão, que a minha mãe utilizava para cotar o valor das coisas impossíveis, era um gelado, de uma cervejaria com o mesmo nome, na cidade onde eu vivia, Luanda, em Angola. Custava 2$50!
Esta é a carta que dá início ao exercício de memória e de celebração da vida, entre dois amigos, realizada através da troca de cartas, textos, desenhos e fotografias sobre as suas infâncias vividas há cerca de 50 anos.
Conceção e direção de Aldara Bizarro
Co-criação Miguel Horta e Aldara Bizarro
Informações
Teatro e Dança
Baleizão, o valor da memória
Sábado, 6 de maio, às 11h00 (60 min.)
Para escolas
Quinta-feira, 1 de junho às 10h30 e às 14h30 (60 min.)
Para escolas e famílias (crianças >7 anos)
Marcação prévia
Reservas de terça a sexta das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00, para info@museudodinheiro.pt ou +351 213 213 240