Arquivo – Luís Silveirinha
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Informação
Em Arquivo, Luís Silveirinha propõe uma coleção de desenhos que reinterpreta as moedas do Museu do Dinheiro.
A transformação ocorre no papel. Aí o artista decompõe o acervo e cria enigmáticas relações entre os elementos. As formas multiplicam-se e surgem ora isoladas, como num alfabeto pictórico, ora amontoadas, numa lógica aditiva e mutante.
Os desenhos, de pequeno ou de grande formato, mostram o lado A e o lado B, a cara e a coroa, a sorte e o azar, a avareza e a fortuna, e dão expressão à dualidade do dinheiro representada numa série sobre a iconografia da numismática, do poder e do desejo.
No processo de subtração da matéria (esgrafito), estes desenhos surgem sobre discos de vinil e de madeira. Os suportes aludem à noção de circulação da moeda, transitoriedade, viagem e movimento. Sobre os círculos, figuras, silhuetas, objetos-símbolos, letras ou fantasmas, dançam ao som de uma melodia imaginária, emergindo da superfície negra ao ritmo da repetição.
Neste registo Silveirinha extrai, anula e subverte o discurso da coleção e do museu. Gera-se assim um novo espólio, surreal, exótico, imaginário.